"Primeiro-ministro não pode partir de machado em riste"
Em entrevista n'O Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, o ex-ministro socialista sublinha que o primeiro-ministro deveria preocupar-se "em governar bem" e "estabelecer um grande consenso nacional com o seu povo". Afirma que toda a reestruturação da dívida tem um custo, mas o custo de continuar a "negar a realidade" será superior, sublinhando que a discussão da reestruturação da dívida irá fazer-se no âmbito europeu.
Sobre a corrupção em Portugal, outro dos temas que escolheu para esta entrevista, João Cravinho avisa que há, ainda hoje, "um enorme embaraço no Parlamento para tratar deste problema" e refere que a própria noção de conflito de interesses, em Portugal, "é absolutamente surrealista".
Sobre as parcerias público-privadas, diz que o problema das PPP em Portugal é de execução e não de concetualização. Destaca que assinou apenas um contrato, para construção da A 23, só que, aparentemente, declara com ironia, foi ele quem levou "o País à ruína".